por Bruno
Mito. Ao trocar apenas dois pneus, os pneus novos devem ser colocados ambos no eixo traseiro. Os pneus usados acumulam certa quantidade de ciclos de trabalho e já têm sua estrutura fatigada, ou seja, estão mais suscetíveis a terem sua integridade ameaçada. Em situações de forte exigência dos pneus, é mais fácil controlar o carro com os pneus desgastados na dianteira, pois o motorista tem um controle maior desse eixo através da direção.
Em uma situação de pista molhada, os pneus gastos possuem pouca capacidade de escoamento e estão mais propensos à aquaplanagem. Uma saída de dianteira é mais fácil de controlar, bastando diminuir a velocidade e acionar levemente os freios. Já uma saída de traseira é mais difícil, sendo necessário virar o volante rapidamente para o lado da saída da traseira. Um motorista comum em um veículo a 100 km/h dificilmente não perderia o controle do carro.
Em frenagens no seco, o peso do carro divide-se em 65% na dianteira e 35% na traseira. O pneus desgastados colocados na dianteira auxiliam na redução do espaço de frenagem pois têm mais contato com o solo devido a já possuírem uma banda de rodagem mais baixa e mais assentada.
Mito. Cada fabricante de pneu utiliza diferentes estruturas e construções. O uso de pneus de fabricantes diferentes no mesmo carro pode causar problemas de tração e aderência, pois eles possuem padrões de ranhura distintos. Com o passar do tempo, a diferença se acentua já que os pneus com padrões e estruturas diferentes se desgastam de forma desigual.
Mito: As ranhuras do pneu são feitas com um padrão próprio para um sentido de rodagem. Alterar esse sentido pode interferir na estabilidade do pneu, além de criar um vício de desgaste e encurtar a vida útil do acessório. Outra função importante do pneu, a do escoamento de água em terrenos molhados, é prejudicada com a alteração da orientação das ranhuras, que são feitas para escoar a água através de um sentido determinado.
Mito. O rodízio dos pneus do carro serve para compensar a diferença de desgaste dos pneus e aumentar a vida útil do conjunto. Nos carros de tração dianteira, caso da grande maioria dos modelos nacionais, os pneus dianteiros sofrem um desgaste maior devido ao conjunto de forças a que estão sujeitos: a força do torque do motor e a força direcional do esterçamento. Cada fabricante têm uma indicação quanto ao modo como o rodízio deve ser feito, sempre na faixa entre 5 e 10 mil quilômetros rodados. Um conjunto de pneus com desgaste equalizado contribui para maior estabilidade do carro.
Mito. O pneu tem validade de 5 anos. É preciso atentar para esse prazo, sobretudo nos carros que rodam pouco e apresentam baixo desgaste da banda de rodagem. Após 5 anos, o pneu começa a se deteriorar por causa dos agentes climáticos como temperatura, pressão e umidade e sua estrutura não apresenta mais as condições necessárias para oferecer segurança ao condutor.
Par saber qual é a data de validade do seu pneu, basta conferir o final da numeração que antecede a sigla DOT na parte lateral dos pneus. Os quatro últimos números indicam a data de fabricação, sendo dois dígitos para a semana e mais dois para o ano. Uma numeração que indique 1306, por exemplo, indica que o pneu foi fabricado na 13ª semana de 2006. Uma vez identificada a data de fabricação do seu pneu, basta somar 5 anos para obter a data de validade.
Lembrando que, além da data de validade, a legislação brasileira recomenda a troca dos pneus quando apresentarem o sulco, ou friso, possuir, no mínimo, 1,6 cm.