por Eduardo Ruano
Uns continuam em linha, outros já tiveram sua produção encerrada, mas ainda são vistos nas ruas. Como ocorre todo ano, em 2016 alguns veículos farão sua despedida e/ou simplesmente desaparecerão das concessionárias. Os casos mais emblemáticos estão entre os populares: Renault Clio e Chevrolet Celta, por exemplo, não chegarão a 2017.
Confira a seguir os carros que se despedem do mercado brasileiro neste ano:Ainda em produção, o hatch compacto lançado entre o fim e o início das décadas de 1990 e de 2000 será descontinuado para a chegada do Kwid, novo popular da marca francesa, lançado na Ásia em 2015 e que será montado, a partir deste ano, em São José dos Pinhais (PR). Há 16 anos em produção em Córdoba, na Argentina, o Clio parou no tempo por aqui, ficando duas gerações defasado em relação ao similar europeu.
Chevrolet Celta não será mais vendido em 2017, contudo, ainda restam unidades à venda. Por ser muito popular nas ruas e ter preço acessível, ainda é bom negócio. Outro aspecto curioso é que o Celta não tem um sucessor confirmado. A GM ainda desenvolve seu novo popular, enquanto "surfa" no sucesso do Onix, que superou o Fiat Palio e foi o campeão nacional de vendas em 2015.
Embora a montadora não dê sinais de que vai tirar o sedã do mercado, a verdade é que o velho Siena não tem mais condições de disputar com os rivais novos. Só nos últimos dois anos chegaram às lojas as novas gerações de Chevrolet Prisma e Renault Logan, e os inéditos Ford Ka+ e Hyundai HB20S, além do Nissan New Versa, entre outros. A expectativa é de que a marca remodele o Grand Siena, que responde pelo grosso das vendas.
Ninguém sabe ao certo quando o velho hatch dos anos 90 sairá de linha. Em abril deste ano, a montadora italiana lançará o Mobi, seu novo popular para a faixa dos R$ 30 mil. Contudo, o compacto veterano ainda deve seguir em linha até o fim do ano, para dar volume às vendas da Fiat, que ainda é a líder de vendas no Brasil.
O hatch que originou o chamado segmento de compactos premium já está morto desde meados de 2015, mas ainda é possível encontrar uma ou outra unidade. Vale, porém, avaliar o negócio, uma vez que o modelo não é mais produzido e, por enquanto, não terá um substituto — o Fox renovado assumiu seu lugar.
A minivan lançada em 2009 nunca foi um sucesso de vendas, mas tinha seu público e vendia até bem. Seu sucessor natural seria o monovolume Note, uma espécie de Honda Fit da Nissan. Porém, o compacto de teto alto nunca veio e a marca já confirmou o lançamento do crossover Kicks, que será produzido em Resende (RJ) e chega às concessionárias neste ano, com estreia prevista para as Olimpíadas do Rio de Janeiro.
Já fora de linha há um tempo, o jipe foi, por muitos anos, a opção para o consumidor que buscava um SUV com tração 4x4 e real capacidade no fora de estrada. Produzido em Catalão (GO) desde 2002, viu o tempo passar e estava ofuscado pelos novos SUVs que estrearam. Dentro da linha da marca, foi sucedido pelo ASX, que tem versões urbanas e acaba de ganhar a configuração Outdoor, com proposta mais voltada ao 4x4.
Ainda novo perante a maioria dos modelos desta lista, o SUV compacto de luxo será substituído em 2016 pelo inédito GLC, versão SUV do sedã Classe C. Na verdade, com a mudança no padrão de siglas na linha de SUVs da marca alemã, o GLC é como se fosse a nova geração do GLK, que já está fora de linha.
Opção de entrada da marca inglesa, o SUV já não é mais produzido desde 2014, quando foi lançado o Discovery Sport, modelo inédito que assumiu seu posto de acesso. Apesar do porte avantajado, oferecia apenas lugar para cinco adultos e tinha direcionamento mais urbano. Com a produção do Discovery Sport e do Evoque em Itatiaia (RJ) a partir deste ano, deverá sumir das ruas em curto prazo de tempo.
Clássico do mundo 4X4, o jipão inglês está prestes a ganhar um substituto mais moderno após décadas de produção — é montado desde 1948. Durante todo esse tempo, quase não mudou seu visual, que mantém as chapas retas, com poucos vincos e articulações das portas à mostra. Não é mais importado faz um tempo.
Com o lançamento da nova geração do hatch Cooper, a fabricante inglesa confirmou que não produzirá mais as carrocerias coupé e roadster, ambas lançadas em 2011 no Salão do Automóvel de Frankfurt. Os esportivos foram descontinuados em 2014 e pouco venderam no Brasil e no mundo.
O sedã esportivo icônico não é muito visto nas ruas brasileiras, e nem será, uma vez que a marca japonesa já confirmou seu fim de linha. Este é um dos modelos que mais deixarão saudades nos fãs. Sua extinção é parte do novo direcionamento da Mitsubishi, que pretende mergulhar de forma mais profunda no desenvolvimento de veículos híbridos.