Compartilhamento de carros em ascensão

Alugar um carro por uma hora para uma atividade específica. Ganhar dinheiro locando seu carro a particulares durante o período em que ele fica parado. Essas atividades já são comuns a brasileiros que resolveram optar pelo acesso em vez da propriedade dos veículos.

A startup Fleety opera principalmente nas cidades de Curitiba, São Paulo a Florianópolis desde meados de 2014 e já possui mais de 5 mil inscritos e 300 carros disponíveis. No site, é possível alugar um Fiat 500 por 15 reais a hora ou um VW Polo por 25 reais. A variedade de carros é grande e o usuário pode filtrar os modelos de acordo com suas necessidades: ar-condicionado, volume do porta-malas, câmbio automático e outros.

O Pegcar, aplicativo de compartilhamento de carros foi ao ar recentemente em setembro de 2015 e opera dentro de um espaço específico da cidade de São Paulo: Pinheiros, Vila Madalena e Bela Vista. Aqui o conceito de carro de bairro é forte, o que significa facilidades em termos de retirada e devolução dos automóveis e também no relacionamento entre locador e locatário.

Ambas as startups incluem nos preços o seguro completo do veículo e, caso o motorista exceda um tempo determinado de locação, é cobrada também uma taxa de limpeza do carro.

De viés menos social, a Zazcar opera desde 2009 alugando carros de propriedade da empresa por períodos diversos. Os carros contam com tecnologia para liberação de chaves e o usuário detém um cartão usado para desbloquear o veículo. Há uma mensalidade para uso do serviço mais o preço cobrado pela hora de aluguel.

No exterior, grandes marcas já se movem há tempos para não deixar de abocanhar esse filão. Confira abaixo descrição dos serviços apresentados pelas montadoras no texto do blog da Pegcar:

Talvez um dos mais interessantes modelos entre os que citaremos aqui, o Drive Now da BMW é controlado completamente por aplicativos que permitem que você faça a reserva e o desbloqueio do carro pelo smartphone.

Uma peculiaridade do modelo adotado é que o carro pode ser deixado em qualquer local de uma determinada região. Ou seja, não é necessário retornar ao mesmo ponto da retirada – basta estar dentro desta área.

Conta com sistema de compartilhamento com bases fixas com pontos específicos para retirada e devolução de carros. Para ter acesso ao serviço é necessário pagar uma taxa inicial e, para alugar um carro, paga-se por minuto rodado e pouco menos quando o carro estiver estacionado.

Ainda tem o Quicar Plus para uso de longa duração, pois exige uma locação de no mínimo 10 horas. Ideal para viagens mais longas.

A decisão da Ford em apostar no compartilhamento de carros veio depois de uma pesquisa com cerca de 6.000 pessoas onde mais de 56% responderam que têm interesse neste tipo de serviço. Com isso, embarcaram na economia compartilhada em parceria com a ZipCar – empresa de locação de carros compartilhados com bases fixas (diferente do Pegcar, por exemplo), onde a Ford era o maior fornecedor de carros para a frota da locadora.

Hoje, além do retratado acima, a Ford testa um modelo de compartilhamento peer-to-peer em parceria com o Getaround, nos Estados Unidos e com a EasyCar Club, no Reino Unido, – serviços similares ao Pegcar. Quem comprar um Ford através do serviço de crédito da própria montadora e, após a compra, disponibilizar seu carro para compartilhamento, recebe desconto na compra do carro (e não é pouco não – cerca de US$ 1.000!)

A Citroën vem com uma proposta mais ecológica, oferecendo em seu sistema de compartilhamento somente carros elétricos.

É similar ao Drive Now, onde você pode deixar o carro em qualquer lugar dentro de uma determinada zona ou também pode deixar o carro em um dos pontos de recarga – já que são elétricos – que você encontra pelo aplicativo.