07 de Abril de 2016 6 dicas para fazer um bom negócio na compra do carro em 2016
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6 dicas para fazer um bom negócio na compra do carro em 2016

por Eduardo Ruano

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Com a crise, fica difícil pensar em trocar de carro. Durante o ano de 2015, marcado por demissões, alta da inflação e baixo crescimento econômico, o site Autoesporte entrevistou diversos especialistas para que a compra de um carro não se torne uma furada. Veja a lista de lições e respostas, e prepare-se para fazer um bom negócio em 2016:

1. Meu carro está com a quilometragem alta e estou de olho em outro modelo. O que preciso levar em conta antes de trocar o meu veículo por um mais novo, principalmente em um cenário economicamente instável?

O primeiro fator é a manutenção. "Para quem compra carro 0 km, a hora certa de vender é depois de três anos de uso ou na faixa dos 60 mil quilômetros no máximo, antes de fazer a revisão", afirma Rubens Venosa, engenheiro proprietário da oficina Motor Max.

Vale lembrar que as revisões de 50 mil e 60 mil quilômetros são as mais caras, quando o dono do carro precisa trocar itens como correia dentada, pneus e amortecedores. Além disso, a possibilidade de as peças do carro quebrarem se torna muito maior depois dos 50 mil quilômetros.

Outros itens que devem ser levados em consideração quando se está pensando em trocar de carro é o seguro e o IPVA. O imposto fica mais barato a cada ano, já o seguro, mais caro. Caso opte por trocar o veículo, veja se este não é muito visado pelos ladrões, e coloque no orçamento um gasto a mais com o tributo.

Mas não são todas as pessoas que devem (ou podem) trocar o carro com 50 mil ou 60 mil quilômetros. Para ter um carro novo na garagem, será preciso gastar com licenciamento, IPVA proporcional e emplacamento, além de uma quantia mensal provavelmente mais cara.

Augusto Sabóia, planejador financeiro familiar, defende que se você tem um carro em bom estado, vale a pena fazer a revisão e continuar com o modelo. "Se a sua situação financeira não está boa, passe em uma oficina de confiança e faça a revisão. Gaste um dinheirinho com o carro e deixe o usado como novo para o ano que vem", afirma.

2. Existe uma alternativa de compra mais segura no momento?

Diante do atual quadro da economia, alguns especialistas defendem que o mais certo na compra do carro é investir nos seminovos. "É mais seguro economicamente para o consumidor, pois ele compra um bom carro por bom preço. A diferença de valor para o mesmo modelo é grande, mas as qualidades não. O cliente pode também contar com a garantia da loja, isso se o carro ainda não estiver na garantia de fábrica", diz Ilídio Gonçalves dos Santos, presidente da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto).

Mauro Cogo, diretor comercial do Grupo Viamar, ressalta que, numa crise, o único favorecido é o consumidor, pois "é o momento onde não falta carro no estoque e são criadas várias promoções, como taxa zero, supervalorização do seminovo na troca e bônus de montadoras".

3. É o momento de investir em um importado?

Só opte por um modelo importado se os gastos extras couberem no seu orçamento. Não se preocupe apenas com o valor do carro (comparado a um modelo nacional, a manutenção e as revisões de um importado normalmente são bem mais caras. Mas caso você esteja disposto a desembolsar mais, prefira montadoras que revelem os gastos extras antes da compra, como, por exemplo, o programa de revisões declaradas da Mercedes-Benz.

4. Vale a pena comprar um carro que está próximo de mudar de geração?

Não vale a pena caso o cliente planeje vendê-lo dentro de um ano, por exemplo. Caso pende em trocar de carro dentro de três anos, pode ser uma boa compra. Para Paulo Roberto Garbossa, consultor da ADK Automotive, após esse período o mercado terá se reestabilizado e o veículo que mudou de geração terá passado por alguma mudança sutil. "Se a montadora ficar por dois anos sem mudar o carro, ela pode perder mercado. Quando você for vender o modelo que era uma geração anterior, ele terá caído na desvalorização normal de mercado", diz o especialista.

5. Financiamento, consórcio, leasing ou poupar. Qual a melhor opção?

Guardar dinheiro é sempre a melhor opção. Quanto mais dinheiro o futuro proprietário conseguir juntar, mais vantajosa será a compra do carro. Caso você tenha dificuldade para juntar dinheiro e não tenha pressa para ter o veículo na garagem, a melhor opção é o consórcio. O financiamento e o leasing são um bom negócio para quem tem pressa e precisa logo do carro.

O juro do leasing é menor que do financiamento, mas só escolha essa opção se você tiver certeza que não irá atrasar a parcela. "Leasing é interessante para quem tem certeza de que vai conseguir pagar. O modelo fica mais barato, pois fica no nome do banco, que tem mais garantias", afirma o professor de finanças da FGV, Fábio Gallo.

6. Como compro o carro dos meus sonhos sem comprometer o orçamento?

A fórmula para ter o carro dos seus sonhos na garagem não inclui milagres ou bilhetes premiados da Mega-Sena. As palavras de ordem são disciplina, organização, determinação e planejamento. Determine um prazo para colocar o carro desejado na garagem, anote todos os seus ganhos e dívidas, corte gastos e faça sobrar dinheiro. Junte a maior quantidade possível para dar uma bela entrada.

Com dinheiro na mão, é mais fácil negociar bons preços e taxas de juros. Mas lembre-se de que um modelo mais caro tem gastos mais altos, e se endividar depois de adquirir o bem não é recomendável.

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